18 de março de 2010

Genesis: 2.Clonagem



A partir de tecido vivo do carpóforo, vulgo cogumelo, é possível fazer culturas vivas de micélio
Estas serão transferidas para outras placas (selecção de estirpes) ou usadas para inocular grão para spawn ("semente").
Apesar de haver outras técnicas (cultura de esporos ou cultura líquida de micélio) para fazer culturas,  apenas a clonagem, por ora, será abordada. 

Material:
  • Lamparina
  • Álcool
  • Papel de Cozinha
  • Luvas de latex
  • Máscara cirúrgica (recomendado)
  • Bisturi (ou X-acto)
  • Placa de Petri com meio de cultura nutritivo (MEA, PDA, PDYA, ...)
  • Parafilme (ou fita adesiva)
  • Cogumelo fresco, de aspecto saudável
Processo:
  • Escolher um local limpo, sem correntes de ar (para que não haja muita dispersão de partículas que podem "aterrar" nas placas de cultura, causando a ruína do projecto)
  • Escolher uma mesa ou bancada (eu uso um armário) e limpar muito bem a superfície com álcool
  • Acender a(s) lamparina(s) para criar um perímetro de ar esterilizado
  • Pôr a máscara e calçar as luvas
  • Colocar o cogumelo, o bisturi e as placas sobre a mesa
  • Passar as mãos por álcool (deixar evaporar para não inflamarem quando se aproximarem da chama
  • Abrir o cogumelo longitudinalmente com as mãos e deixá-lo próximo da chama, sem queimar
  • Queimar a lâmina até se tornar incandescente
  • Deixar arrefecer um pouco, deixando a lâmina sempre próxima da chama
  • Retirar um pedaço do interior do cogumelo
  • Depositar a tranferência na placa
  • Selar com parafilme ou fita adesiva 
  • Rotular 
  • Guardar as transferências em local limpo e abrigado da luz solar directa.Se se quiser fazer uso delas brevemente, deverão ser incubadas à temperatura de 20ºC (temps. mais baixas resultarão num desenvolvimento mais lento)
Se não forem usadas ou para preservar um cultura mãe, e. g., podem ser armazenadas no frigorífico até 2 anos. 

Ficam aqui os vídeos, para uma melhor visualização da operação.

Neste vídeo, é usada uma câmara de fluxo laminar.






2 comentários:

  1. Ora aqui está um bom resumo!

    No entanto, como podem ocorrer acidentes graves, recomendo fortemente a não utilização de luvas quando se trabalha à chama, muito menos com álcool! Quem tiver pouca experiência, é mesmo preferível usar desinfectantes à base de água ou então desinfectar as mãos com álcool mas sem luvas!

    Rui Coelho
    www.quadrante-natural.pt

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  2. Obrigado pela contribuição.

    Um abraço

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