11 de dezembro de 2010

Depois do Vinho

fonte: http://www.flickr.com/photos/karmenrose/with/58356069/



Li há uns tempos que se iniciou uma campanha de reciclagem de rolhas. Deixo outra sugestão para a reciclagem deste material que, gentilmente, me foi cedida pelo cultivador Robin De Schrijver ou Obi (no Shroomery.org), a quem agradeço a ideia, a foto e o m.o. do processo.


A espécie representada na foto é Hypsizygus ulmarius. Os parâmetros de cultivo são em muito similares aos do P. ostreatus.

M.O.:
  • Imergir as rolhas de um dia para o outro em água
  • Coar até não haver água residual exterior
  • Colocar em frasco de vidro ou saco de plástico
  • Adicionar spawn (neste caso foi usado em forma de sementes de pássaro)
  • Deixar colonizar
A finalidade das rolhas seria para inocular troncos (estilo Shiitake), todavia preferiu frutificá-los.


Ideias:
  • Inocular as rolhas com cartão colonizado (se não houver spawn em grão)
  • Expandir o micélio para mais rolhas (ou cartão, café, etc.)
  • Inocular substratos para frutificar (serradura, palha, café, etc.)


Embriagai-vos 

"É preciso estar sempre bêbado. Tudo se resume a isso, eis o único problema. Para não sentir o fardo horrível do tempo, que abate e faz pender a terra, é preciso que nos embriaguemos sem cessar. Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, como achar melhor. Contanto que nos embriaguemos.


E se, algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do nosso quarto, despertardes com a embriaguez já atenuada ou desaparecida , perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a onda, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, vos hão-de responder.


- É a hora de embriaguez! Para não serdes martirizados pelo tempo, embriagai-vos. Embriagai-vos sem tréguas.


De vinho, de poesia, ou de virtude, como achareis melhor".

Bons fins de rambóia e melhores cultivos.

1 comentário:

  1. Anónimo12/11/2010

    Curioso, esta foi justamente uma das maneiras que, mantendo a sustentabilidade do processo e a total utilização de desperdícios, me passou pela cabeça para contornar a questão da compactação do café como substrato de P. ostreatus.

    Continuo atento ás tuas dicas.

    Abraço,

    Jcavaleiro

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